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Foto do escritorDr. Lucas Nicolau

Ciclo e Reflexo da Micção

A micção é a emissão da urina seguida por esvaziamento da bexiga. Pode-se considerar a existência de um ciclo de micção dividido em duas etapas que ocorrem todo o tempo, levando a axcreção da urina. Na primeira etapa do ciclo, ocorre o enchimento progressivo da bexiga. No segundo passo, inicia-se o reflexo da micção, que esvazia a bexiga. Para um melhor entendimento, vamos para um resumo breve da anatomia da bexiga e sua inervação, já abordados no artigo sobre Anatomia do Trato Urinário.


Anatomia da Bexiga

A bexiga é constituída de ápice, fundo, corpo e colo. O corpo é onde a urina fica armazenada e o colo é a extensão afunilada do corpo que se conecta com a uretra e é por onde a urina vai ser excretada. O músculo liso vesical que envolve toda a bexiga é chamado de músculo detrusor. Este músculo tem suas células musculares lisas acopladas eletricamente e portanto o potencial de ação pode se propagar facilmente para todas as células musculares rapidamente promovendo uma contração vesical praticamente simultânea. Na parede posterior da bexiga está presente o trígono da bexiga. Nos ângulos superiores do trígono se encontram os ureteres e no ângulo inferior a uretra. No colo da bexiga está presente o esfíncter interno (músculo liso) e no diafragma urogenital, está presente o esfincter externo (músculo esquelético).


Inervação


A principal inervação da bexiga é feita pelo sistema nervoso autônomo parassimpático através dos nervos esplâncnicos pélvicos provenientes do plexo sacral da medula que se conectam aos segmentos S2, S3 e em menor proporção com o S4. As fibras dos nervos esplâncnicos pélvicos possuem neurônios aferentes e neurônios pré-ganglionares que se dirigem ao plexo pelvico (hipogástrico inferior) na parede da vesícula e estimulam neurônios pós-ganglionares muito curtos que inervam o músculo detrusor e o músculo esfincter interno da uretra. Alguns neurônios passam direto pelo plexo pélvico e fazem sinapse no plexo vesical que está ainda mais próximo da bexiga. Os nervos esplâncnicos pélvicos podem perceber o estiramento vesical (fibras aferentes) e promover a contração vesical (fibras eferentes). O nervo pudendo que contém fibras aferentes e eferentes somáticas inervam e controlam o esfíncter externo. A inervação simpática ocorre através dos nervos hipogástricos conectados com o seguimento L2 medular e em menor parte com os segmentos de T10 a L1. Os nervos hipogástricos promovem a vasodilatação vesical e como também possuem fibras aferentes, ao chegar a medula, ligam-se a vias ascendentes que terminam no córtex cerebral manifestando a sensação de plenitude e as vezes dor.



Ciclo da Micção




Modulação do reflexo de micção


O encéfalo pode modular o reflexo de micção através de núcleos presentes no tronco encefálico, principalmente na ponte e no córtex cerebral. Estes núcleos podem facilitar, dificultar ou até induzir o reflexo da micção. Na micção voluntária o individuo contrai a parede abdominal aumentando a pressão intraabdominal, comprimindo a bexiga e aumentando sua pressão intravesical. Desta forma se inicia o reflexo da micção que também inibe o esfíncter externo da uretra. De forma geral, a ação do encéfalo atua de quatro formas diferentes:



Bibliografia

  • NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 5ed. Elsevier, 2011.

  • Guyton, A.C.; Hall, J.E.. Tratado de Fisiologia Médica. 12ed. Elsevier, 2011.

  • MACHADO, Angelo; HAERTEL,L.M.. Neuroanatomia Funcional. 3ed. Atheneu, 2014.

  • © Imagens, all rights. NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 5ed. Elsevier, 2011.

  • © Imagens modificadas de. NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 5ed. Elsevier, 2011.



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